quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Cegueira Total



É considerado cego quem apresenta desde ausência de distinguir objetos por meio da visão. O que pode incluir ou não a perda da percepção luminosa.


Um Pouco de História


        A cegueira no passado era vista como castigo de Deus e peso para sociedade;
        Na sociedade “evoluída” – há casos de isolamento de indivíduos portadores de deficiência de várias formas que pode ser transformados em: mendigo (pobre), e a reclusão de pessoas (ricos).
        Só no século XIX, surgiu escola destinada às pessoas com necessidades especiais;
        Uma das primeiras escolas foi a Escolas dos Meninos Cegos de Paris, onde Louis Braille foi educado;
        As instituições com objetivos em geral profissionalizantes ( com restrição nas opções)
        No mundo ocidental começaram nos anos 1970;
        Passa-se da visão segregacionista para a visão inclusiva;


Preconceitos um dos Problemas mais Sérios




        Pobreza extrema;
        Falta de acessibilidade – (difícil acesso) para muitos;
        Dificuldade de acesso às facilidades tecnológicas, existentes;
        A não consideração a muitos idosos com alguma deficiência;
        Isolamento por preconceito social e familiar. (Vergonha, imaturidade)


Inclusão x Integração


        Há, os que acreditam no Ensino Especial (segregado) como melhor opção;
     Há os que defendem a inclusão com responsabilidade, zelo e acompanhamento;
       E há os que consideram um caminho que deve ser trilhado sem limites ou regras restritivas.


Barreiras ao Ensino Inclusivo
        Atitudes negativas em relação à deficiência
     Invisibilidade na comunidade das crianças com deficiência que não freqüentam a escola
        Custo
        Acesso físico
        Dimensão das turmas
        Pobreza
        Discriminação por gênero
        Dependência
Inclusão


        Deve acontecer com mudança de atitude e respeito ao outro, que é um ser humano, um cidadão acima de tudo;
        O desenvolvimento acadêmico deve ser alcançado como resultado da adaptação dos currículos.


Desafio dos Educadores




        Na atualidade, o maior desafio dos educadores, está em construir uma escola, onde os alunos com graus diferentes, níveis ou condições de aprendizagem não se separem frente à mesma situação de ensino.
         Promover crescimento e harmonia, ainda que as formas sejam variadas e os tempos diferentes.
 
Aprendizagem


        Esta se dará por meio da integração dos sentidos remanescentes preservados.
        Terá como meio principal da leitura e escrita o sistema Braille e os sistemas de computação com interface adaptativa, como o DOSVOX.


Conflitos do Professor


        Não se sentem preparados para o trabalho com a adversidade deste alunado.
        Se sente intimidado pela complexidade e amplitude dos processos de ensino e aprendizagem.


Atitudes Positivas
        Exemplos de inclusão social e funcional em programas televisivos ainda que de pequena quantidade;
        Conscientização, ainda que em pequena proporção, por meio de telenovelas.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Trajeto de um Aluno Numa Classe Inclusiva



Arlete pereira da Silva & Lucimar V. ascimento
O objetivo da atividade é estruturar uma apresentação em grupo sobre como seria o trajeto de um aluno com deficiência visual, Cegueira Total, numa classe inclusiva. Considere que esse aluno está começando seu ano letivo no 1ª ano do Ensino Médio, tem receio de iniciar uma nova turma, nessa nova etapa de seus estudos. No seu imaginário, tudo será novo: escola, turma, ambiente, tudo precisa de nova adaptação. Pensa que será melhor fazer modular porque terá atenção voltada para si.
Perfil do Aluno
  • Idade: 32 anos
  • Série: 1º ano Ensino Médio
  • Sexo: Masculino
·         Dificuldades específicas: Receio de começar em uma nova escola com uma nova turma, numa etapa mais avançada. Faltam escolas adaptadas, faltam livros em Braille tanto nas bibliotecas públicas quanto no comércio. As cidades não são preparadas para as minorias e entre elas está o deficiente visual. O desnível entre uma calçada e a calçada contígua. O estacionamento irregular de automóveis nas calçadas e muitas vezes lixeiras que também interrompem a circulação.
  • Deficiência: Cegueira total.
  • Conhecimentos prévios do aluno: Leitura em Braille, iniciação a computação, uso do DOSVOX,
  • Experiências do aluno:
  1. Já carrega consigo a vivência de sala de aula inclusiva e experiência de acompanhamento em sala de recursos, aulas com uso do programa de computador DOSVOX, além de manusear celular.
  2. Consegue se locomover no ambiente familiar, no ambiente escolar, com o uso de bengala ou auxílio de alguém (família ou colega), devido a familiaridade que já possui com estes ambientes. Ambientes novos são desafios, o que faz com que a nova escola será um novo começo.
  3. Ambientes abertos, ruas e acesso a qualquer outro lugar, só com ajuda de um guia.
  4. Em breve começará aulas de instrução e práticas de locomoção com o uso de bengala sem um guia para auxiliar.
  5. Popularmente é bastante conhecido por tocar teclado em festas locais, pela sua simpatia e auto-estima.
  6. Faz curso de computação pela associação comercial da cidade e tem acompanhamento na sala de recursos.
  7. O aluno já é estudante, terminando o Ensino Fundamental, precisa mudar de escola para continuar no Ensino Médio.
·         Planejamento do Professor:
 O professor ao iniciar o processo educacional com este aluno, deverá fazer o diagnóstico do mesmo, conhecer suas limitações, capacidades e dificuldades de aprendizagem. Pesquisar sobre a deficiência, conversar com a família para conhecer as necessidades e a rotina. Buscar apoio na equipe pedagógica e os demais e parcerias possíveis.
·         Adaptação do aluno à sala:
O professor deverá agir naturalmente, bem como todos os demais colegas. Deixar o aluno falar, movimentar-se livremente para adquirir autonomia em sala, promovendo a socialização. Conversar com todos, orientando para colaborar nas necessidades dele. Nessa fase de adaptação, é preciso respeitar o seu desenvolvimento e suas limitações.
·         Adaptações físicas da sala:
É necessário adaptação da sala deixando espaços para facilitar a locomoção do aluno. O professor deverá promover a organização dos materiais, a comunicação oral, favorece o conhecimento do ambiente escolar, utilizar métodos e técnicas específicas de trabalho, instalar equipamentos especiais, bem como algumas adaptações ou adições curriculares. Cabe a escola a responsabilidade de prover os auxílios necessários para que o aluno se capacite e possa interação e se integrar no grupo social.
·         Instalação de artefatos tecnológicos necessários:
Há uma imensa quantidade de dispositivos tecnológicos que podem ser usados para auxiliar um deficiente visual e inseri-lo no processo escolar. Os dispositivos mais usados incluem: computadores, Sintetizadores de voz, Linhas Braille, Impressoras Braille, Impressão aumentada gerada por software, Gravação de textos com indexação e sincronismo, Recursos não ópticos (material dourado Montessoriano), Livros falados e o sistema Daisy.
Adaptar as metodologias de acordo com a deficiência, e trabalhar avaliação de forma diferenciada, observando as particularidades desse aluno. Conversar com os demais alunos sobre a deficiência visual, reforçando valores, tais como, solidariedade, respeito, diálogo, de forma que não haja preconceito nessa inclusão.
·         Ações de acolhimento coletivas, que incluam os demais alunos e outros atores da escola:
Deve haver promoção der situações acolhedoras por meio do professor e escola, desenvolvendo atividades coletivas, para que as dificuldades sejam diluídas e superadas pela qualidade de solicitação do meio, pel
Deverá promover atividades cotidianas para que o aluno com da ajuda do professor e cooperação dos colegas não-deficientes.
·         Desenvolvimento de atividades visando integração com os outros alunos: Deficiência visual tenha uma vida mais prazerosa, relacionando-se satisfatoriamente com o ambiente e as pessoas com quem convive. Pode promover peças teatrais, locução de programa de radio na escola, apresentação oral de trabalhos, etc.
·         Execução de exercícios e provas:
A avaliação poderá ser oral, possibilitando ao aluno a expressão do pensamento, sabendo escrever o braile, o professor que já tenha domínio ou tenha um tradutor, poderá utilizar esse meio para avaliação. Deve–se deixar que o aluno realize as atividades, nunca a família ou colegas, que estes apenas o auxilie.
·         Trabalhos cooperativos com outros alunos:
O trabalho em grupo promove trocas de conhecimentos, exercita a capacidade de comunicação. A interação, a criatividade e o compromisso são fatores que contribuem para que o deficiente visual supere suas dificuldades e valorize suas habilidades cognitivas. Deve-se incentivar o aluno a participar oralmente das atividades. Os demais podem transcrever as conclusões.
·         Avaliação do aluno. Avaliação do aluno:
A avaliação poderá ocorrer diariamente por meio de acompanhamento de todas as atividades realizadas pelo aluno de forma oral em sala quando individualizada ou registrando seus avanços e dificuldades em relação aos conteúdos trabalhados, valorizando suas conquistas.
·         Interação com a família do aluno:
Deve-se envolver a família às atividades escolares, conscientizando-a, de que a relação entre educação e família, pode proporcionar ao aluno uma estrutura sadia e equilibrada, para a formação de cidadãos conscientes de seu papel na sociedade, sendo capazes de interagir e intervir na realidade. É preciso passar informações relevantes sobre objetivos, recursos, problemas da escola, e também sobre as questões pedagógicas. Só assim, a família irá se sentir comprometida com a melhoria da educação.

domingo, 29 de novembro de 2009

Inclusão - Cegueira Total

PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS DEFICIENTES VISUAIS NA REDE REGULAR DE  ENSINO

Lucimar Vieira do Nascimento



      No Brasil os discursos a respeito da inclusão escolar se destacaram durante a década de 90 pelo crescimento de um modelo democrático de educação e pela formulação de leis que defendiam a prática de todas estas ideias. Isto se refletiu na exigência de mudança dos sistemas educacionais então vigentes buscando romper com um modelo educacional que possuía uma lógica excludente, por ignorar as diferenças de seus alunos e, não prever nenhuma medida educacional para dar conta delas. Para que a inclusão escolar seja realmente efetiva, as determinações legais não são suficientes, sendo. necessárias mudanças profundas e importantes no sistema de ensinoA questão da inclusão reforçou a necessidade da escola repensar seu papel e suas práticas e de apoiar um dos atores mais importantes nesse processo, o professor.


      O desenvolvimento da percepção tátil, é de fundamental importância no desenvolvimento educacional desses alunos.  A modalidade tátil se desenvolve por um processo de crescimento gradual. Esse processo é sequencial e leva as crianças e os jovens com cegueira total ou visão subnormal, de um reconhecimento simplista a uma interpretação complexa do ambiente. Os pais e educadores têm um papel importantíssimo, neste processo porque estimulam o desenvolvimento das crianças cegas desde a infância. Mais ainda, como responsáveis por crianças cegas, eles devem continuar a dar ênfase ao desenvolvimento tátil durante toda a vida destas crianças, já que essa é a base para os níveis mais altos do desenvolvimento cognitivo.  Um melhor entendimento da modalidade tátil deve servir para a compreensão clara de como as modalidades se interpenetram, para auxiliar o conhecimento do eu na relação com o ambiente. Sendo que  o desenvolvimento sistemático da percepção tátil é essencial para que os cegos cheguem a desenvolver a capacidade de organizar, transferir e abstrair conceitos. Com a maior disponibilidade de material em Braille, o conhecimento das limitações da modalidade tátil será essencial para determinar as opções de aprendizado para crianças e jovens cegas, procurando adequar os recursos pedagógicos à necessidade do aluno.


      Segundo Cerqueira e Ferreira (2000), recursos didáticos são todos os recursos físicos, utilizados com maior ou menor frequência em todas as disciplinas, áreas de estudo ou atividades, sejam quais forem as técnicas ou métodos empregados, visando auxiliar o educando a realizar sua aprendizagem mais eficientemente, constituindo-se num meio para facilitar, incentivar ou possibilitar o processo ensino-aprendizagem. De um modo genérico, os recursos didáticos podem ser classificados como:

  •  Naturaiselementos de existência real na natureza, como água, pedra, animais.
  • Pedagógicos: quadro, flanelógrafo, cartaz, gravura, álbum seriado, slide, maqueta.
  • Tecnológicos: rádio, toca-discos, gravador, televisão, vídeo-cassete, computador,ensino programado, laboratório de línguas.
  • Culturais: biblioteca pública, museu, exposições.

      Na educação especial de deficientes visuais, os recursos didáticos podem ser obtidos por uma das três seguintes formas:


Seleção: Dentre os recursos utilizados pelos alunos de visão normal, muitos podem ser aproveitados para os alunos cegos tais como se apresentam. É o caso dos sólidos geométricos, de alguns jogos e outros.


Adaptação: Há materiais que, mediante certas alterações, prestam-se para o ensino de alunos cegos e de visão subnormal. Neste caso estão os instrumentos de medir, como o metro, a balança, os mapas de encaixe, os jogos e outros.


Confecção: A elaboração de materiais simples, tanto quanto possível, deve ser feita com a participação do próprio aluno. É importante ressaltar que materiais de baixo custo ou de fácil obtenção podem ser frequentemente empregados, como: palitos de fósforos, contas, chapinhas, barbantes, cartolinas, botões e outros.


      Com relação ao uso, os recursos devem ser fartos  para atender a vários alunos simultaneamente. Variados  para despertar o interesse da criança, possibilitando diversidade de experiências e significativos para atender aspectos da percepção tátil (significativo para o tato) e/ou da percepção visual, no caso de alunos de visão subnormal.
      Quando se trabalha com deficientes visuais os recursos didáticos devem ser selecionados de acordo com alguns critérios:

  1. Tamanho: os materiais devem ser confeccionados e selecionados em tamanho adequado às condições dos alunos. Materiais excessivamente pequenos não ressaltam detalhes de suas partes componentes ou perdem-se com facilidade. O exagero no tamanho pode prejudicar a apreensão da totalidade (visão global).
  2. Significação Tátil: o material didático  deve                   possuir  um relevo perceptível, de diferentes texturas para melhor destacar as partes componentes. Contrastes do tipo: liso/áspero, fino/espesso, permitem distinções adequadas.
  3. Estimulação Visual: os recursos didáticos deverá apresentar cores fortes e contrastes para melhor estimular a visão funcional do aluno deficiente visual.
  4. Fidelidade: o material deverá ter sua representação tão exata quanto possível do modelo original.
  5. Facilidade de Manuseio: os materiais didáticos devem  ser funcionais e de manuseio fácil, proporcionando ao aluno uma prática utilização.
  6. Resistência: os recursos didáticos devem ser  confeccionados com materiais que não estraga com facilidade, considerando o frequente  manuseio pelos alunos.
  7. Segurança: os materiais não poderá oferecer perigo para os educandos.

  Podemos dizer que a inclusão escolar de alunos com deficiência visual ainda não é efetiva nas escolas publicas. É até possível colocar  um cego numa classe comum de escola, porém os livros são todos impressos em papel. Diante disso  o aluno pode utilizar a tecnologia Braille para copiar e fazer seus trabalhos escolares, mas isso esbarra em pontos chaves:raríssimos professores sabem Braille; - sem o apoio de pessoas voluntárias (por exemplo a própria família) que se disponham a ler os livros impressos comuns, o cego ficará restrito à informação verbal transmitida pelo professor.  



sábado, 28 de novembro de 2009

Inclusão

Educação Inclusiva um Processo Complexo
Arlete Pereira da Silva

Inclusão tem sido uma das falas da atualidade. Esta é uma das preocupações contemporâneas.  As pessoas que têm deficiências motoras, cognitivas ou sensoriais carregam consigo uma trajetória de exclusão, preconceito e ás vezes isolamento social. Isso constitui sério problema social, pois é comum nos depararmos com tais indivíduos empurrados a subvida por não conseguirem oportunidades de aprendizagem nas entidades de ensino ou no âmbito de trabalho.
Uma nova forma de pensar da escola e da sociedade surge, com objetivo de avançar em experiências significantes, realização de pesquisas e desenvolvimento de projetos incluindo o uso de ferramentas tecnológicas para apoiar os estudos e atividades de trabalho, das pessoas cegas como nos mostra o trecho a seguir: “As tendências pedagógicas modernas referentes à educação dos cegos, assim como a de todas as outras pessoas com deficiência, prescrevem sua inserção no sistema escolar comum, desde o pré-escolar até a universidade, com vistas, especialmente, a combater a segregação das pessoas cegas
Dessa forma, as pessoas com deficiência, visual ou qualquer outra, podem mais facilmente serem incluídas na sociedade e sentirem-se cidadãos úteis, e não encargos. Além de cegos graduados em diversos cursos superiores como advocacia, tecnologia da informação, pedagogia, psicologia, administração, existem hoje muitos cegos que são técnicos de excelente desempenho. Há ainda cegos engajados na vida artística, sobretudo instrumentistas e cantores.
Atualmente, tanto quanto o Sistema Braille, a informática atua fortemente na educação de pessoas cegas, pois os programas leitores de tela permitem a leitura e escrita para os cegos que, dessa forma, podem utilizar editores de texto para fazerem trabalhos, ter acesso à internet, fazer pesquisas e trocar informações com todo o mundo de conhecimentos disponível na web. Uma pessoa com deficiência visual pode, além disso, escanear um livro e posteriormente Lê-lo com seu programa de leitura, que pode falar o que está na tela se acompanhado de um sintetizador de voz, ou dispor em Braille se acompanhado de um monitor Braille. As ajudas técnicas disponíveis estão cada vez mais avançadas nesse sentido, além de que a sociedade, através das leis, começa a ajustar as informações para que estas se tornem mais acessíveis.”  http://portaldoprofessor.mec.gov.br/link.html?categ
Sendo assim, entende-se que a inclusão só se faz mediante um novo pensar e agir de uma sociedade, que se comprometa e se abra para essa realidade, assim como o seu público-alvo.
A educação e tecnologia para um aluno cego exigem, o acesso às informações e acompanhamento do seu entorno social, requer contribuições da contemporaneidade.   Por possuir características pertinentes a qualquer outra pessoa, ele não deve sofrer a punição de seu limite orgânico, isso é uma atitude desumana.
Para que a sociedade avance, ela deve estabelecer condições necessárias para o desenvolvimento pleno dos indivíduos cegos.  Com as possibilidades oferecidas pelos recursos tecnológicos, pode se traçar um novo perfil, considerando que a alfabetização e as ferramentas permitirão ao indivíduo cego, além dos seus direitos como cidadão, tomar posse do conhecimento dinâmico e atualizado.
Atualmente já se conta com o programa DOSVOX, sistema operacional específico na utilização do microcomputador, que ajuda desempenhar uma série de tarefas, antes consideradas complicadas ao cego. Facilita na leitura e escrita, a partir de ferramentas interativas. O sistema Braille restringe o seu uso à minoria, ao seu público, um cego escrevendo para outro cego, ou interessado pelo assunto. “Isso isolava as pessoas cegas num gueto cultural: um cego só escrevia para outro cego ler.” (BORGES, 2002). O DOSVOX, diferente do Braille, permite ações que facilitadoras cego, como:
  • Acesso sonoro;
  • Disponibilizarão de material informativo às bibliotecas a custo baixíssimo;
  • Reabilitação de diversas áreas que se tornaram cegas;
  • Possibilita à inclusão na universidade;
  • Possibilita o acesso e trocas por meio da internet;
  • Treinamento para trabalhos e realização de atividades como telefonista e outras atividades com o uso de tecnologia específica;
Ainda é possível se ter outras tecnologias assistivas, que também podem ser definidas no atendimento nas escolas e nas atividades acadêmicas dos cegos: software leitor de tela, que dá condição ao usuário à navegação por janelas, menus e controles enquanto recebe informações, monitor Braille, navegador  Web textual e ampliadores de telas. Dentre esses recursos encontramos:
  • Jaws
  • Virtual Vision
  • Virtual Magnifying Glass)
  • Open Book
  • Magic
  • Braille Falado
  • Linha Braille
  • Programa TGD (Tactile Graphics Designer)
  •  Software GRAPHIT
 O desenvolvimento tecnológico pode oferecer ainda, muitas outras facilidades, mas que é preciso ser acompanhadas, pelos educadores e educandos como parte comum, no processo de educação para a inclusão real desses indivíduos no âmbito educacional se estendendo para a vida social. 

Referências:



Relato

Relato de um Aluno Portador de Cegueira Total
Arlete & Lucimar

O aluno Ailton Manoel do Nascimento, 32 anos, aluno de escola pública em nossa cidade, Presidente Médici-RO, relata que teve acesso pela primeira vez à escola aos 27 anos. Atualmente cursa 8ª série do EJA -Educação de Jovens e Adultos.
 Na sua fala ele reporta, que teve resistência quanto a sua iniciação aos estudos, temia discriminação, preconceito, medo de não ter sucesso na aprendizagem, etc. Teve seu primeiro acesso às aulas por meio da sala de recursos devido o medo que carregava dentro de si, relacionado à não aceitação por meio dos colegas. Sendo assim, começou sua adaptação na sala de recursos para depois ter acesso à sala inclusiva e antes de completar um mês de freqüência aos estudos já teve iniciativa de socialização na sala de ensino regular.
 Conta que dificuldades encontradas, em sua trajetória escolar tem sido o acesso ao uso do Braille, por não poder se comunicar com os colegas e professores por meio desse recurso. Não há interatividade. Contudo relata que a importância do recurso tem sua relevância particular, para o crescimento do conhecimento por meio da leitura. Segundo o aluno Ailton, o DOSVOX recurso que já utiliza é fundamental para seu acesso de comunicação impressa com outros, porém, ele ainda, não tem retorno para si daquilo que digita.
Quanto à inclusão, apesar de não ter sofrido preconceito, e de informar que encontra receptividade no ambiente escolar, tanto por meio dos educadores, quanto por meio dos colegas, Ailton M. do Nascimento relata: “Acredito que seria melhor uma sala de ensino só para deficientes visuais, pois o atendimento seria voltado especificamente para as necessidades da turma”.
Quanto ao acesso ao meio social de forma independente, ele informa que a proteção familiar muitas vezes atrapalha. Isso retarda o amadurecimento e adaptação aos meios. Por meio da educação escolar já se locomove independente em todo o ambiente escolar, porém com respeito à locomoção a lugares abertos será iniciada uma etapa de educação por meio da professora da sala de recursos.
Como progresso resultante de seu acesso à educação inclusiva, ele já faz uso de celular, computador, e cursa computação com o objetivo de aprender acessar a internet brevemente.

Sobre DOSVOX

Manuais dos programas do DOSVOX



Nem todos os programas do DOSVOX têm manuais, pois o sistema é muito simples de usar, e existe na maior parte dos programas a ajuda online acessada com a tecla F1.



 Novidades!!!!! 


Apresentamos um curso do Editor de Textos EDIVOX
Parte 2 - Comandos de bloco



 Programas principais 


Esta é uma visão geral sobre o funcionamento do DOSVOX
O Edivox é o editor de textos principal do DOSVOX
O Minied é um editor de textos simplificado usado em diversos locais pelo DOSVOX.
O Listavox é o impressor de textos simplificado.
O Imprivox é o impressor de textos formatados.



 Utilitários diversos 


Calculadora vocal
O Televox é a agenda de telefones.
O Agenvox é a agenda de compromissos.
Gerenciador de tarefas com aviso por diversos tipos de despertador.
Agenda Multi-uso que oferece gestão de compromissos, tarefas, reuniões, calendário, correio eletrônico, dentre outros recursos.
O Cheqvox é o impressor de cheques e controle de contas bancárias.
O Fichavox permite a organização de fichários de dados.
O Scripvox é o interpretador de scripts, que são procedimentos padronizados gerados pelo projeto DOSVOX ou pelos usuários, para realizar um grande número de tarefas no Windows.
Gestor para facilitar a localização dos scripts existentes no sistema.
O Cartex permite gerar cartas padronizadas para serem impressas e enviadas pelo correio.
O Cronovox é um pequeno cronômetro.
O PPTVOX é um controlador de apresentações com feedback sonoro, útil para estudantes universitários e pessoas que precisam fazer exposições de idéias projetadas numa tela.
O Ocrvox2 permite o escaneamento de textos simplificado, em alguns programas de OCR do mercado.
O Wordutil torna mais simples o uso do programa Microsoft Word 7.0
Gestor que ajuda na criação e remoção de teclas de atalho para diferentes programas.
Mini leitor de telas para Windows.



 Multimídia 


Processador multimídia (áudio, MIDI, CD)
O Minigrav é um pequeno gravador e editor de som.
O Mixervox permite o controle das propriedades de reprodução e gravação do Windows.
sapiUtil.txt Configurador das vozes SAPI instaladas no Sistema.
Juntador de vários arquivos de som .WAV em um único.



 Impressão Braille 


Impressor braille automatizado.
Este manual dá dicas sobre a transcrição matemática para Braille.
O Transcod facilita a criação de textos matemáticos em Braille.



 Jogos didáticos 


o Letrix é um programa que auxilia o processo de alfabetização.
O Questvox permite a criação de testes de múltipla escolha.
O Contavox é um jogo-tabuada.



 Jogos diversos 


Forcavox.txt Jogo da forca
Jogo da memória
Jogo dos palitinhos
Jogo da senha
Jogo de adivinhar números
jogo cata-palavras
Jogo de sueca
Jogo de Go
Iching computadorizado, baseado no livro das Mutações.



 Rede 


O Cartavox é o programa de correio eletrônico do DOSVOX.
Navegador falado.
O Tnetvox é um programa de Telnet sonoro que permite acesso remoto a computadores.
O Lynx é um navegador da WWW. Deve ser usado com o programa Tnetvox. Para usar o Lynx é necessário ter conta num provedor que ofereça este serviço.
Utilitário de transferência remota de arquivos na Internet via FTP.
O Papovox é o programa de bate-papo na Internet mais usado pelos usuários DOSVOX.
O Intervox é um programa para criar homepages elegantes, com muita facilidade.
Mini-servidor para compartilhar arquivos.
Preparador de cartas para listas de distribuição.
O Sitiovox permite a criação de sites de bate papo.
http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/manuais.htm