sábado, 28 de novembro de 2009

Inclusão

Educação Inclusiva um Processo Complexo
Arlete Pereira da Silva

Inclusão tem sido uma das falas da atualidade. Esta é uma das preocupações contemporâneas.  As pessoas que têm deficiências motoras, cognitivas ou sensoriais carregam consigo uma trajetória de exclusão, preconceito e ás vezes isolamento social. Isso constitui sério problema social, pois é comum nos depararmos com tais indivíduos empurrados a subvida por não conseguirem oportunidades de aprendizagem nas entidades de ensino ou no âmbito de trabalho.
Uma nova forma de pensar da escola e da sociedade surge, com objetivo de avançar em experiências significantes, realização de pesquisas e desenvolvimento de projetos incluindo o uso de ferramentas tecnológicas para apoiar os estudos e atividades de trabalho, das pessoas cegas como nos mostra o trecho a seguir: “As tendências pedagógicas modernas referentes à educação dos cegos, assim como a de todas as outras pessoas com deficiência, prescrevem sua inserção no sistema escolar comum, desde o pré-escolar até a universidade, com vistas, especialmente, a combater a segregação das pessoas cegas
Dessa forma, as pessoas com deficiência, visual ou qualquer outra, podem mais facilmente serem incluídas na sociedade e sentirem-se cidadãos úteis, e não encargos. Além de cegos graduados em diversos cursos superiores como advocacia, tecnologia da informação, pedagogia, psicologia, administração, existem hoje muitos cegos que são técnicos de excelente desempenho. Há ainda cegos engajados na vida artística, sobretudo instrumentistas e cantores.
Atualmente, tanto quanto o Sistema Braille, a informática atua fortemente na educação de pessoas cegas, pois os programas leitores de tela permitem a leitura e escrita para os cegos que, dessa forma, podem utilizar editores de texto para fazerem trabalhos, ter acesso à internet, fazer pesquisas e trocar informações com todo o mundo de conhecimentos disponível na web. Uma pessoa com deficiência visual pode, além disso, escanear um livro e posteriormente Lê-lo com seu programa de leitura, que pode falar o que está na tela se acompanhado de um sintetizador de voz, ou dispor em Braille se acompanhado de um monitor Braille. As ajudas técnicas disponíveis estão cada vez mais avançadas nesse sentido, além de que a sociedade, através das leis, começa a ajustar as informações para que estas se tornem mais acessíveis.”  http://portaldoprofessor.mec.gov.br/link.html?categ
Sendo assim, entende-se que a inclusão só se faz mediante um novo pensar e agir de uma sociedade, que se comprometa e se abra para essa realidade, assim como o seu público-alvo.
A educação e tecnologia para um aluno cego exigem, o acesso às informações e acompanhamento do seu entorno social, requer contribuições da contemporaneidade.   Por possuir características pertinentes a qualquer outra pessoa, ele não deve sofrer a punição de seu limite orgânico, isso é uma atitude desumana.
Para que a sociedade avance, ela deve estabelecer condições necessárias para o desenvolvimento pleno dos indivíduos cegos.  Com as possibilidades oferecidas pelos recursos tecnológicos, pode se traçar um novo perfil, considerando que a alfabetização e as ferramentas permitirão ao indivíduo cego, além dos seus direitos como cidadão, tomar posse do conhecimento dinâmico e atualizado.
Atualmente já se conta com o programa DOSVOX, sistema operacional específico na utilização do microcomputador, que ajuda desempenhar uma série de tarefas, antes consideradas complicadas ao cego. Facilita na leitura e escrita, a partir de ferramentas interativas. O sistema Braille restringe o seu uso à minoria, ao seu público, um cego escrevendo para outro cego, ou interessado pelo assunto. “Isso isolava as pessoas cegas num gueto cultural: um cego só escrevia para outro cego ler.” (BORGES, 2002). O DOSVOX, diferente do Braille, permite ações que facilitadoras cego, como:
  • Acesso sonoro;
  • Disponibilizarão de material informativo às bibliotecas a custo baixíssimo;
  • Reabilitação de diversas áreas que se tornaram cegas;
  • Possibilita à inclusão na universidade;
  • Possibilita o acesso e trocas por meio da internet;
  • Treinamento para trabalhos e realização de atividades como telefonista e outras atividades com o uso de tecnologia específica;
Ainda é possível se ter outras tecnologias assistivas, que também podem ser definidas no atendimento nas escolas e nas atividades acadêmicas dos cegos: software leitor de tela, que dá condição ao usuário à navegação por janelas, menus e controles enquanto recebe informações, monitor Braille, navegador  Web textual e ampliadores de telas. Dentre esses recursos encontramos:
  • Jaws
  • Virtual Vision
  • Virtual Magnifying Glass)
  • Open Book
  • Magic
  • Braille Falado
  • Linha Braille
  • Programa TGD (Tactile Graphics Designer)
  •  Software GRAPHIT
 O desenvolvimento tecnológico pode oferecer ainda, muitas outras facilidades, mas que é preciso ser acompanhadas, pelos educadores e educandos como parte comum, no processo de educação para a inclusão real desses indivíduos no âmbito educacional se estendendo para a vida social. 

Referências:



Um comentário:

  1. Esta é um texto que escrevi a partir das leituras que fiz a respeito da educação inclusiva, principalmente voltada para "cegueira total"

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